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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

A ESCOLHA DE SOFIA

 

"Um burro carregado de livros,continua sendo um burro..."

A ESCOLHA DE SOFIA
"O maior castigo para aqueles que não se interessam por política, é que
serão governados pelos que se interessam." ( Arnold Toynbee)
"A escolha de Sofia" é a história que acontece no campo de
concentração nazista de Auschwitz , vivida por uma mãe judia, que é
forçada por um soldado alemão a escolher entre o filho e a filha -
qual seria executado e qual seria poupado.
Se ela se recusasse a escolher, os dois seriam mortos. Ela escolhe o
menino, que é mais forte e tem mais chances de sobreviver, porém nunca
mais tem notícias dele.
A questão é tão terrível que o título se converteu em sinônimo de
"decisão quase impossível de ser tomada".
O artigo a seguir foi escrito no final de 2009, pelo economista
Rodrigo Constantino - autor de 5 livros.
Ele assina a coluna "Eu e Investimentos", do jornal Valor Econômico;
também é colunista do jornal O Globo; além de ser Membro-fundador do
Instituto Millenium; e vencedor do prêmio Libertas em 2009, no XII
Forum da Liberdade.
Seu curriculum vai muito além do que está listado acima,
é extenso e respeitável. Segue seu artigo:
" Serra ou Dilma? A Escolha de Sofia."
(por Rodrigo Constantino )
"Tudo que é preciso para o triunfo do mal
é que as pessoas de bem nada façam." (Edmund Burke)
Agora, praticamente é oficial: José Serra e Dilma Rousseff são as duas
opções viáveis nas próximas eleições. Em quem votar? Esse é um artigo
que eu não gostaria de ter que escrever, mas me sinto na obrigação de
fazê-lo.
Os antigos atenienses tinham razão ao dizerem que assumir qualquer
lado é melhor do que não assumir nenhum?
Mas existem momentos tão delicados e extremos, onde o que resta das
liberdades individuais está pendurado por um fio, que talvez essa
postura idealista e de longo prazo não seja razoável.
Será que não valeria a pena ter fechado o nariz e eliminado o Partido
dos Trabalhadores Nacional - Socialista, em 1933, na Alemanha, antes
que Hitler pudesse chegar ao poder? Será que o fim de eliminar Hugo
Chávez justificaria o meio deplorável de eleger um candidato horrível,
mas menos louco e autoritário? São questões filosóficas complexas.
Confesso ficar angustiado quando penso nisso.
Voltando à realidade brasileira, temos um verdadeiro
monopólio da esquerda na política nacional.
PT e PSDB cada vez mais se parecem.
Mas também existem algumas diferenças importantes.
O PT tem mais ranço ideológico, mais sede pelo poder absoluto, mais
disposição para adotar quaisquer meios, os mais abjetos, para tal
meta.
O PSDB parece ter mais limites éticos quanto a isso.
O PT associou-se aos mais nefastos ditadores, defende abertamente
grupos terroristas, carrega em seu âmago o DNA socialista.
O PSDB não chega a tanto.
Além disso, há um fator relevante de curto prazo:
o governo Lula aparelhou a máquina estatal toda, desde os três
poderes, passando pelo Itamaraty, STF, Polícia Federal,
ONGs, estatais, agências reguladoras, tudo!
O projeto de poder do PT é aquele seguido por Chávez, na Venezuela;
Evo Morales, na Bolívia; Rafael Correa, no Equador.
Enfim, todos os comparsas do Foro de São Paulo. Se o avanço rumo ao
socialismo não foi maior no Brasil, isso se deve aos freios
institucionais, mais sólidos aqui, e não ao desejo do próprio governo.
A simbiose entre Estado e governo na gestão Lula foi enorme.
O estrago será duradouro.
Mas quanto antes for abortado,
melhor será: haverá menos sofrimento no processo de ajuste.
Justamente por isso acredito que os liberais devem olhar para este
aspecto fundamental, e ignorar um pouco as semelhanças entre
Serra e Dilma. Uma continuação da gestão petista
através de Dilma, é um tiro certo rumo ao pior.
Dilma é tão autoritária ou mais que Serra,
com o agravante de ter sido uma terrorista na juventude comunista,
lutando não contra a ditadura, mas sim por outra ainda pior,
aquela existente em Cuba ainda hoje.
Ela nunca se arrependeu de seu passado vergonhoso; pelo contrário,
sente orgulho. Seu grupo Colina planejou diversos assaltos.
Como anular o voto
sabendo que esta senhora poderá ser nossa próxima presidente?!
Como virar a cara
sabendo que isso pode significar passos mais acelerados
em direção ao socialismo bolivariano?
Entendo que para os defensores da liberdade individual, escolher entre
Dilma e Serra é como uma escolha de Sofia.
Mas anular o voto, desta vez, pode significar
o triunfo definitivo do mal.
Em vez de soco na cara ou no estômago,
podemos acabar com um tiro na nuca.
Dito isso, assumo que votarei em Serra.
Meu voto é anti-PT acima de qualquer coisa.
Meu voto é contra o Lula, contra o Chávez, que já declarou abertamente
apoio à Dilma.
Meu voto não é a favor de Serra.
No dia seguinte da eleição, já serei um crítico tão duro do
governo Serra, como sou hoje do governo Lula.
Mas, antes é preciso retirar a corja que está no poder.
Antes é preciso desarmar a quadrilha que tomou conta de Brasília.
Só o desaparelhamento de petistas do Estado
já seria um ganho para a liberdade,
ainda que momentâneo.
Respeito meus colegas liberais, que discordam de mim e pretendem
anular o voto. Mas espero ter sido convicente de que o momento pede um
pacto temporário com a barbárie, como única chance de salvar o que
resta da civilização - o que não é muito, mas é o que hoje devemos e
podemos fazer!
REPASSE, SEM MODERAÇÃO!!

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